SAÚDE DOS RINS EM DIA com a Dra. Carla Cristina Bernardi: Doença Renal do Diabetes: O que é? Como identificar?

SAÚDE DOS RINS EM DIA com a Dra. Carla Cristina Bernardi: Doença Renal do Diabetes: O que é? Como identificar?

25 de abril de 2025

A Doença Renal do Diabetes (DRD) é uma das complicações mais comuns e graves do diabetes tipo 1 e tipo 2, afetando aproximadamente 30% dos diabéticos ao longo da vida. Ela ocorre quando níveis elevados de glicose no sangue danificam progressivamente os vasos sanguíneos dos rins, prejudicando sua função. Com o tempo, o rim perde a capacidade de filtrar corretamente o sangue, acumulando toxinas no organismo. A DRD é hoje a principal causa de diálise e transplante renal em todo o mundo. A detecção precoce pode evitar sua progressão e melhorar a qualidade de vida.

Entre os principais fatores de risco estão o mau controle glicêmico, hipertensão arterial, histórico familiar de doença renal, obesidade e dislipidemia. A duração do diabetes também influencia: quanto mais tempo com a doença sem controle adequado, maior o risco de lesão renal. Outros fatores importantes incluem tabagismo, sedentarismo e presença de retinopatia diabética, que frequentemente coexiste com a nefropatia. A avaliação periódica da função renal é fundamental, especialmente após 5 anos do diagnóstico do tipo 1 ou desde o início do tipo 2.

Muitos pacientes não apresentam sintomas nas fases iniciais da DRD. Por isso, exames de sangue (creatinina e estimativa da taxa de filtração glomerular – eTFG) e de urina (albuminúria) são indispensáveis. O aumento da albumina na urina é um dos primeiros sinais de alerta. Em estágios mais avançados, podem surgir inchaço nas pernas, fadiga, perda de apetite, náuseas e pressão alta difícil de controlar. Esses sinais indicam que o rim já está comprometido e exigem avaliação imediata com um nefrologista.

A consulta com o especialista deve ocorrer precocemente, idealmente quando se detecta qualquer grau de albuminúria persistente ou queda da eTFG. A intervenção precoce é comprovadamente eficaz para retardar a progressão da doença. Estudos recentes (NEJM, JASN, KI, 2022-2024) demonstram que o uso de inibidores de SGLT2 e agonistas de GLP-1, aliados ao bloqueio do sistema renina-angiotensina, reduzem significativamente o risco de perda da função renal. A abordagem multidisciplinar, incluindo endocrinologista, nefrologista e nutricionista, é recomendada pelas diretrizes KDIGO 2022.

A DRD impacta de forma marcante a qualidade de vida. Pacientes com insuficiência renal enfrentam restrições alimentares, dependência de hemodiálise e risco aumentado de eventos cardiovasculares. Além disso, há importante comprometimento psicológico, social e econômico. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são as principais formas de preservar a autonomia e evitar complicações irreversíveis. A educação do paciente é essencial, especialmente quanto à adesão ao tratamento e ao autocuidado.

Diretrizes internacionais (KDIGO 2022, ADA 2024, KDOQI 2023) recomendam rastrear anualmente a função renal em todos os pacientes com diabetes. A identificação precoce da DRD permite a implementação de medidas que comprovadamente reduzem a progressão da doença e a mortalidade. O rastreio inclui a dosagem da creatinina com eTFG e a relação albumina/creatinina na urina. A presença de albuminúria persistente por mais de 3 meses define doença renal crônica, mesmo com função renal preservada.

A consulta com o nefrologista é essencial quando se confirma DRD em qualquer estágio, principalmente nos estágios 3 a 5 da doença renal crônica. O nefrologista avalia a necessidade de intervenção medicamentosa, ajustes na dieta, controle rigoroso da pressão arterial e glicemia, além de planejar precocemente estratégias para preservação da função renal ou, quando necessário, o preparo para terapias dialíticas ou transplante. O acompanhamento especializado melhora desfechos clínicos e reduz internações.

Em resumo, a Doença Renal do Diabetes é silenciosa, progressiva e potencialmente devastadora, mas altamente prevenível. Monitorar regularmente a função renal, manter controle rigoroso do diabetes e da pressão arterial e consultar um nefrologista diante de qualquer sinal de lesão renal são atitudes fundamentais. A ciência atual oferece ferramentas eficazes para proteger os rins e preservar a saúde global dos pacientes diabéticos.

Dra. Carla Cristina Bernardi

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Roger Campos

Jornalista / Editor Chefe

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